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Reprodução / Instagram @marchadasmulheresnegrassp
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A oitava edição da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo (MMNSP) acontece nesta terça-feira (25). Combate às violências racistas e justiça por Marielle Franco e Luana Barbosa, duas mulheres negras vítimas de feminicídio, são duas das pautas do evento neste ano.

Com concentração às 17h30 na Praça da República e saída às 19h30 para a caminhada, a MMNSP é vista como um espaço de união entre mulheres afrodescendentes.

"A marcha surge para isso, para a gente conseguir se unir, se mobilizar e ficar organizada e mais forte. A Marcha volta com aquela unicidade que nos une como mulheres negras" afirma Juliana Gonçalves, gestora, articuladora política e organizadora do movimento.

A MMNSP também busca dar visibilidade à data 25 de julho, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, decretado pela ONU em 1992, e Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, sancionado pela lei Nº 12.987 no Brasil.

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"Mulheres negras em marcha por um Brasil com democracia! Sem racismo! Sem violências! Sem anistia para os fascistas! Justiça por Marielle Franco e Luana Barbosa! Por nós, por todas nós, pelo Bem Viver!" é o manifesto da MMNSP desde ano.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 61,1% das vítimas de feminicídio em 2023 eram mulheres negras. Além disso, conforme dados de 2022 do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a taxa de desemprego das mulheres negras ficou em 13,9%, enquanto a dos homens não negros foi de 6,1%.

"A marcha enquanto um grupo de incidência política e de formação política tem um papel fundamental para a difusão desses dados e da condição da mulher negra porque, infelizmente, nós ainda temos um senso comum educado pela democracia racial que faz com que muita gente acredite que existe igualdade entre todas as pessoas e que, por isso, não enxerga e nem se move para mudar a situação de vulnerabilidade que acomete os corpos de mulheres negras” declarou Juliana Gonçalves sobre a importância da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo.

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A MMNSP surgiu como um desdobramento da Marcha das Mulheres Negras que ocorreu, no ano de 2015, em Brasília e reuniu mais de 50 mil pessoas.

Além do ato, a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo contará neste ano com atrações artísticas, como o cortejo afro Ilú Obá de Min e o coletivo de poetisas Flores de Baobá.