Polícia Federal prende suspeito de ser o maior devastador da Amazônia
A Justiça ainda determinou o bloqueio de 16 fazendas, 10 mil cabeças de gado e R$ 116 milhões, pertencentes ao grupo criminoso do qual ele é apontado como chefe
03/08/2023 17h05
A Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante um homem suspeito de ser o maior devastador da Amazônia já investigado. O empresário Bruno Heller foi preso nesta quinta-feira (3) em Novo Progresso, na região sudoeste do Pará.
A operação “Retomada” também ocorre em Mato Grosso e investiga registros fraudulentos de terras para desmatamento. A Justiça ainda determinou o bloqueio de 16 fazendas, 10 mil cabeças de gado e R$ 116 milhões, pertencentes ao grupo criminoso do qual ele é apontado como chefe. A defesa de Heller ainda não se manifestou.
O suspeito foi flagrado com ouro bruto e uma arma ilegal durante a operação. De acordo com a investigação, o grupo registra terras no nome de terceiros, de forma fraudulenta, no Cadastro Ambiental Rural. Em seguida, eles desmatam as áreas e as destinam para criação de gado.
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A PF informou que, no total, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Novo Progresso e em Sinop, no Mato Grosso.
"O inquérito policial identificou que o suspeito e seu grupo teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União. Além disso, já foram constatados o desmatamento de mais de 6.500 hectares de floresta, o equivalente a quase quatro Ilhas de Fernando de Noronha (PE), com indícios de um único autor ser o responsável pela destruição ambiental. Os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas circundantes a terras indígenas e unidades de conservação", explicou a PF.
Dessa forma, os verdadeiros responsáveis pela exploração das atividades se sentiriam protegidos contra eventuais processos criminais ou administrativos, os quais seriam direcionados aos participantes sem patrimônio.
Até o momento, o inquérito policial identificou que o suspeito e seu grupo teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União. Além disso, a PF apontou que mais de 6.500 hectares de floresta foram desmatados.
Bruno Heller já recebeu 11 autuações e seis embargos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) por irregularidades.
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