A CPI dos Atos Golpistas, que investiga os ataques golpistas do 8 de janeiro, aprovou nesta quinta-feira (3) a convocação do hacker Walter Delgatti. A votação do requerimento foi apresentada pelo deputado Rogério Correia (PT-MG).
A comissão também aprovou outras três convocações: Cíntia Queiroz de Castro, coronel da Polícia Militar do DF, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro; Marcela da Silva Moraes Pinto, cabo da PM; e Adriano Machado, fotojornalista da Agência Reuters.
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O hacker Walter Delgatti foi preso nesta quarta-feira (2) pela Polícia Federal por suspeita de fraude em sistemas de órgãos públicos. Eele ficou conhecido no episódio da “Vaza Jato”, em que foram vazadas mensagens trocadas entre o então juiz Sérgio Moro, e o então procurador Deltan Dallagnol.
Durante o depoimento, ele contou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o questionou se seria possível invadir uma urna eletrônica.
Segundo Delgatti, Bolsonaro perguntou a ele se conseguiria invadir as urnas caso estivesse em posse do código-fonte.
De acordo com o hacker, ele disse que “isso não foi adiante” porque o acesso dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao código-fonte “foi apenas na sede do Tribunal” e ele “não poderia ir até lá”.
O hacker foi levado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) à residência oficial do presidente da República.
Delgatti foi preso pelas investigações dos crimes que ocorreram nos dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando dados teriam sido inseridos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, possivelmente, de outros tribunais pelo país, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos, além de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
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