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Reprodução/Facebook Lula
Reprodução/Facebook Lula

O presidente Lula afirmou na manhã desta terça-feira (8), durante a abertura da Cúpula da Amazônia, que "nunca foi tão urgente retomar e ampliar" a cooperação entre os países que têm a floresta em seu território.

"É motivo de muita alegria encontrar os presidentes dos países da América do Sul para tratar da Amazônia, patrimônio comum dos nossos países. Desde que o tratado de cooperação da Amazônia foi assinado, os chefes de estado só se encontraram por três vezes, todas em Manaus. Há 14 anos não nos reuníamos. E a primeira vez no contexto do severo agravamento da mudança climática. Nunca foi tão urgente retomar e ampliar essa cooperação", disse.

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O petista também falou que a "história da Amazônia será medida entre antes e depois" da cúpula, que é realizada em Belém, e reúne representantes dos oito países que compõem a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). São eles: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

O evento foi idealizado pelo governo brasileiro com o objetivo de fortalecer a OTCA. Apesar de pouco conhecido, este é o único mecanismo internacional com sede no Brasil, e age para promover desenvolvimento sustentável na área.

No discurso de abertura, Lula ressaltou que a cúpula deve discutir e promover um novo desenvolvimento sustentável, "combinando proteção ambiental com empregos dignos", além de medidas para fortalecer a OTCA e o lugar dos países detentores das florestas tropicais na agenda global.

"Queremos retomar a cooperação entre nossos países e superar desconfianças. Queremos reconstruir e ampliar nossos canais de diálogo. Isso requer mudar não apenas a compreensão da Amazônia, mas também sua realidade", acrescentou. 

Após o encontro, os chefes de Estado presentes assinarão a Declaração de Belém, uma carta com compromissos que devem ser assumidos pelos países.

O presidente brasileiro já afirmou anteriormente que acredita que os países com floresta amazônica podem assumir o compromisso de zerar suas taxas de desmatamento até 2030.

"Acho que minha obrigação é falar para todo mundo que o Brasil fará sua parte. Até 2030, teremos desmatamento zero nesse país. E não vamos fazer na marra. Temos que chamar todos os prefeitos e governadores e ter uma discussão, compartilhar com eles uma solução", concluiu.

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