O Superior Tribunal Militar (STM) divulgou nesta quarta-feira (09) que reverteu a decisão da 1ª instância da Justiça Militar da União e condenou dois militares da Marinha do Brasil por crimes sexuais. O abuso, contra uma pesquisadora, ocorreu em 2017 nas dependências da estação brasileira Comandante Ferraz (EACF), localizada na Antártica.
De acordo com o STM, a vítima atuava como servidora de um órgão público federal quando foi abusada. O local, inaugurado em 1984, na ilha do Rei George, é operado a partir de uma administração militar.
O caso, tramitado em segredo de Justiça, não teve os nomes dos envolvidos revelados.
Um dos oficiais da Marinha se tornou réu por ato libidinoso em área militar, condenado a um ano de detenção, convertida em prisão. Já o outro, na função de praça, foi condenado por atentado violento ao pudor, recebendo pena de dois anos e oito meses de reclusão, além de exclusão das Forças Armadas.
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A condenação ocorreu após o Ministério Público Militar (MPM) apelar junto ao STM.
Ambos militares haviam sido absolvidos por quatro votos a um em julgamento de 1º grau, ocorrido na Auditoria Militar de Brasília, Circunscrição Judiciária Militar responsável por apreciar casos ocorridos fora do território nacional.
Um oficial da Marinha foi condenado por ato libidinoso em área militar e o segundo réu, um praça, foi condenado por atentado violento ao pudor.
— STM (@STM_Oficial) August 9, 2023
Eles haviam sido absolvidos em 1ª instância e o processo tramitou em segredo de justiça.https://t.co/ylZeJtXx3J pic.twitter.com/4DKQpLgYu3
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