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Reprodução | Flickr Palácio do Planalto
Reprodução | Flickr Palácio do Planalto

A Polícia Federal solicitou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL). Agora, cabe à justiça autorizar ou não a demanda.

O pedido da corporação acontece após a deflagração de uma operação que realizou buscas e apreensões na casa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O pai de Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid, também foi um dos alvos da operação.

A PF apura a suspeita de que militares que trabalhavam no entorno do ex-presidente venderam joias de maneira irregular. Os materiais são presentes à delegação da presidência em missões internacionais. Pela lei, os conteúdos investigados deveriam ter sido incorporados ao patrimônio do Estado brasileiro.

O objetivo da quebra é descobrir se o dinheiro obtido com os presentes foi encaminhado ao então presidente Bolsonaro, além de saber se a verba para a recompra das joias teria partido dele.

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A operação

A PF cumpriu nesta sexta-feira (11) mandados de busca e apreensão nos endereços do general do Exército Mauro César Lourena Cid e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ação também tem como alvos Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que está preso desde maio, e o tenente do Exército Osmar Crivellati.

Durante as investigações, as autoridades também encontraram uma conversa de Mauro Cid sobre uma suposta entrega de dinheiro vivo a Bolsonaro. No material, ele cita US$ 25 mil em espécie para ser repassado.

“Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que era melhor fazer com esse dinheiro, levar em cash (dinheiro vivo) aí. Meu pai estava querendo inclusive ir aí falar com o presidente, dar abraço nele, né? E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (...) Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor, né”, disse Cid em uma mensagem de áudio.

Para a TV Cultura, a defesa do tenente coronel Mauro Cid afirmou que não pode fazer qualquer manifestação porque não teve acesso à acusação. O Exército disse que não compactua com eventuais desvios de conduta de qualquer integrante da corporação.

Procurados, o advogado Frederic Wasseff e o ex-presidente Jair Bolsonaro não responderam. O general Lourena Cid não foi localizado.

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