A cada dia uma mulher comete suicídio no Afeganistão, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A tomada do Afeganistão pelo Talibã, que completa dois anos nesta terça-feira (15), é considerado um dos motivos para o agravamento do cenário.
Um artigo divulgado em 2022 pelo jornal “The Lancet” mostra que índices de suicídio no Afeganistão já eram mais altos entre o gênero feminino do que o masculino, antes da chegada do Talibã.
No entanto, de acordo com a mesma pesquisa, a invasão do grupo extremista possui influência para o aumento dos casos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 80% dos indivíduos que tiram as suas próprias vidas no Afeganistão são mulheres.
Desde 2021, o Talibã viola diversos direitos femininos. As mulheres afegãs são proibidas, por exemplo, de frequentar escolas secundárias, universidades, parques públicos e salões de beleza, além de terem que utilizar vestimentas que cobrem o corpo inteiro.
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Segundo a ONU, existem mais de 50 decretos, impostos pelo Talibã, de restrições para as mulheres.
A fim de evitar o silenciamento, a ONU criou o site “After August” para mostrar como as afegãs lutam contra o regime extremista. Nele, diversas mulheres do Afeganistão já compartilharam suas histórias.
“Diante das circunstâncias mais hostis, [as mulheres afegãs] se manifestam contra as violações, prestam serviços que salvam vidas, possuem e operam negócios e administram organizações de mulheres. Sua bravura deve nos inspirar a uma ação maior, seu exemplo a uma determinação renovada”, declara em nota Sima Bahous, diretora executiva da ONU Mulheres.
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