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Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Cezar Bittencourt, advogado de Mauro Cid, afirmou nesta sexta-feira (18) que o dinheiro da venda do relógio Rolex, que fazia parte do acervo da presidência da República, deve ter sido entregue para Jair Bolsonaro ou para sua esposa Michelle. A declaração foi dada à GloboNews.

A nova fala vai numa direção diferente da que o próprio disse na reportagem da revista Veja. Na última quinta-feira (17), ele afirmou que Cid confessaria sobre a venda das joias e tudo tinha sido ordem de Bolsonaro.

"Não tem nada a ver com joias. [Me referia] ao relógio, que é uma joia", disse o advogado hoje.

Além disso, Bittencourt negou ter dito que a venda foi feita a mando de Bolsonaro e disse que Cid era apenas o "ajudante de ordens”.

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"Não disse que foi a mando do Bolsonaro. Eu também não disse que [Cid] estava entregando, dedurando Bolsonaro. Apenas que era um assessor e que cumpriu ordens", afirmou.

Ao ser questionado sobre qual versão era a correta, se a de hoje ou o da noite anterior, ele voltou afirmar que Bolsonaro deu ordens para Cid vender o rolex.

"Para um entendedor, meia palavra basta. E o Cid foi atrás, tentou vender. As condições não eram boas, embora tenha conseguido. Depois foi problema, foi atrás do Rolex, buscar esse Rolex", explicou.

“Dinheiro foi para o Bolsonaro ou para a primeira-dama. Não sei se foi entregue para quem de direito. Não tinha outra forma de fazer as coisas. Se foi em mãos, na caixinha do correio, na caixa em cima da mesa dele, eu não sei. Mas foi em espécie. [...] A expressão usada [por Bolsonaro] foi mais ou menos assim. Como deu problema com esse relógio, ele disse: 'Cid, pega esse relógio e resolve esse problema’”, completou.

Relembre o caso

Para a revista Veja, Bittencourt, que trabalha para Mauro Cid, afirmou que seu cliente irá admitir que vendeu as joias da presidência da República nos Estados Unidos a pedido de Bolsonaro. Além disso, ele confirmará que entregou o dinheiro em espécie para o ex-presidente.

As joias vendidas nos Estados Unidos deveriam ser incorporadas no acervo da União.

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Na reportagem, o advogado disse que a versão que Cid contará à PF vai deixar claro que o ex-presidente sabia dos esforços para recomprar as joias desviadas.

Além disso, o advogado falou que o tenente-coronel arranjou o retorno dos bens ao Brasil e entregou o dinheiro em espécie, para dificultar rastreios, ao então presidente.

Reposta de Bolsonaro

O ex-presidente se manifestou sobre as declarações das últimas horas e caracterizou a estratégia de Mauro Cid como "kamikaze" nesta sexta-feira (18).

O termo utilizado por Bolsonaro teria sido falado a Túlio Amâncio, do Grupo Bandeirantes. O jornalista fez a afirmação por meio de sua conta nas redes sociais.

"Bolsonaro disse que Cid está preso há muito tempo e, por isso, é capaz de falar qualquer coisa pra sair da cadeia", escreveu o profissional.

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