A Polícia Federal (PF) intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a prestar depoimento sobre o caso de empresários que discutiram um possível golpe de Estado em mensagens de WhatsApp. Segundo informações da jornalista Julia Duailibi, da GloboNews, a oitiva acontecerá em 31 de agosto.
Leia mais: “Falta conhecimento sobre a complexidade dos problemas educacionais de SP", diz especialista
Caso o depoimento seja confirmado, será a quinta vez que o ex-presidente prestará esclarecimentos à PF. Bolsonaro foi ouvido nas seguintes ocasiões:
Em 5 de abril: sobre as joias sauditas;
Em 26 de abril: sobre os atos golpistas de 8 de janeiro;
Em 16 de maio: sobre a suspeita de fraude em cartões de vacinação contra Covid-19;
Em 12 de julho: sobre suposto plano de golpe de Estado, denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).
Nas investigações sobre o grupo de mensagens, a defesa do ex-mandatário pede para ter acesso aos autos da apuração antes de ele ser ouvido.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou a investigação contra seis dos empresários que foram alvo de operação por enviarem mensagens que estimulariam um suposto golpe de Estado em um grupo do WhatsApp.
O arquivamento foi assinado por ele no dia 18 de agosto e beneficia os empresários: José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu). Segundo o ministro, “não foi encontrada nenhuma prova robusta” contra eles.
Moraes, no entanto, concedeu à Polícia Federal mais 60 dias para que sejam feitas diligências em relação a dois deles: Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri.
Em agosto de 2022, por ordem de Moraes, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra os oito empresários. Alguns dos envolvidos chegaram a sugerir no WhatsApp um golpe de estado caso Lula derrotasse Jair Bolsonaro. À época, as informações foram divulgadas pelo portal Metrópoles.
Leia também: Alexandre de Moraes arquiva investigação contra seis empresários
REDES SOCIAIS