Estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelou que 38 milhões de brasileiros sofrem com estresse térmico, fenômeno provocado por uma onda de calor prolongando, como o país está passando nas últimas semanas. Fadiga, irritação e indisposição são alguns dos sintomas dessa condição.
“Existem parcelas da população que são mais vulneráveis, principalmente aquelas que vivem em regiões mais periféricas, que passam horas dentro do transporte público, que utilizam um serviço de saúde que muitas vezes é mais precário também. então todos esses fatores precisam ser considerados nas políticas públicas de adaptação às mudanças climáticas”, explica Djacinto Santos, pesquisador da UFRJ.
A pesquisa foi realizada em 31 cidades da América do Sul, sendo 13 no Brasil. A cada ano, os períodos de estresse térmico ganham dez horas a mais.
A exposição ao estresse térmico varia entre 17 a 25 dias em cidades com população acima de um milhão, como na capital paulista, e tem consequências diretas à saúde. Crianças, idosos e pessoas com problemas cardíacos são as mais vulneráveis pela capacidade reduzida de vasodilatação, processo essencial para promover a perda de calor no corpo.
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“O que que provoca isso no organismo? Provoca queda da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos, e isso promove sensação de tontura, mal-estar, ânsia de vômito e muitas vezes queda e acidentes por causa do calor”, afirma o cardiologista Fernando Costa.
A saúde mental também é afetada, já que o hormônio do estresse é mais liberada durante o calor.
Para amenizar os efeitos desse fenômeno, é recomendado beber muita água durante o dia, vestimenta adequada, refrigerar o ambiente e tomar cuidado com atividades físicas.
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