O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (25), que o Brasil tem 1,5 milhão de pessoas que trabalham por meio de plataformas digitais e aplicativos de serviços. Os dados, referentes a 2022, foram obtidos a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
O inédito módulo "Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais" apontou também que, desse total, 778 mil (52,2%) exerciam o trabalho principal por meio de aplicativos de transporte de passageiros.
Já 589 mil (39,5%) eram trabalhadores de aplicativos de entrega de comida e produtos e 197 mil (13,2%) trabalhavam em aplicativos de prestação de serviços gerais.
O levantamento ainda revelou que os trabalhadores plataformizados eram na maioria homens (81,3%) e que se concentravam nos níveis intermediários de escolaridade, principalmente no nível médio completo ou superior incompleto (61,3%).
Além disso, cerca de 77,1% dos ocupados eram trabalhadores por conta própria, enquanto 9,3% eram empregados do setor privado sem carteira assinada.
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Em comparação ao total de ocupados no setor privado, os plataformizados trabalhavam mais horas semanais, contavam com menos trabalhadores contribuindo para previdência e possuíam menores salários.
Enquanto 44,2% dos ocupados no setor privado estavam na informalidade, entre os trabalhadores plataformizados esse percentual era de 70,1%.
No quarto semestre do ano passado, a população ocupada no setor privado era de 87,2 milhões.
Vale destacar que, segundo o IBGE, as estatísticas são experimentais, ou seja, estão em fase de teste e sob avaliação.
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