Os argentinos escolhem neste domingo (19), no segundo turno das eleições, o novo presidente da República.

O candidato Javier Milei, economista de 53 anos, representa a extrema-direita. Já Sergio Massa, ministro da Economia de 51 anos, é peronista.

Os dois registram altos índices de rejeição. Analistas acreditam que a disputa será acirrada por conta de pesquisas que apontam empate técnico, com vantagem para Milei.

Para preservar a convivência democrática e a transparência eleitoral, representantes dos dois candidatos fizeram no último sábado (18) uma reunião de emergência na Câmara Nacional Eleitoral. O objetivo foi diminuir a tensão depois de denúncias de fraude, sem provas, feitas nesta semana pela campanha de Milei.

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Pela primeira vez na disputa presidencial, o economista ultraliberal nega a ditadura argentina e os crimes cometidos pelo estado durante o período. Ele também é a favor da venda de armas e órgãos.

Massa, de centro esquerda, foi candidato derrotado à presidência em 2015. Ele defende um país com igualdade de oportunidades e escola pública de qualidade.

O novo presidente da Argentina assumirá o cargo no próximo dia 10 de dezembro para um mandato de quatro anos.

Crise econômica na Argentina

A Argentina vive uma grave crise econômica, com inflação acumulada de janeiro a outubro que chega a 120%, segundo a agência classificadora de risco de crédito Austin Rating. Em 12 meses, passa dos 140%. São os maiores percentuais entre os países do G20.

Os temores da população em relação a Massa e Milei são a continuidade da atual política tradicional ou então o plano para acelerar a dolarização no país e o fim do Banco Central.

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