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“Não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela”, diz Lula após vitória de Milei

Sem citar o presidente eleito na Argentina, Lula afirma que o mais importante os países conseguirem firmar bons acordos


21/11/2023 15h57

Em discurso realizado nesta terça-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não precisa gostar dos presidentes de outros países, mas conseguir sentar, dialogar e buscar acordo com eles. A fala aconteceu logo após a eleição de Javier Milei como presidente da Argentina, que já fez críticas ao atual governo brasileiro.

"Nós estamos vivendo algumas confusões na América do Sul. Não é mais mesma de 2002, de 2004, 2006. Nós vamos ter problemas politicos. E, ao invés de reclamar dos problemas políticos, nós temos que ser inteligentes e tentar resolvê-los, tentar conversar. Tentar fazer com que as pessoas aprendam a conviver democraticamente na adversidade", declarou Lula.

“Não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela. Ele não tem que ser meu amigo. Ele tem que ser presidente do país dele, eu tenho que ser presidente do meu país. Nós temos que ter política de Estado brasileira e ele do Estado dele. Nós temos que nos sentar na mesa, cada um defendendo os seus interesses. Não pode ter supremacia de um sobre o outro, a gente tem que chegar a um acordo. Essa é a arte da democracia. A gente tem que chegar a um acordo", completou.

A fala aconteceu durante cerimônia de formatura de novos diplomatas no Instituto Rio Branco, escola de formação do Ministério das Relações Exteriores.

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Vale ressaltar que Lula não citou o nome de Milei durante toda a sua fala. Mas ele ressaltou que a relação entre Brasil e Argentina sempre foi boa.

"A Argentina é um país parceiro, Brasil tem uma relação extraordinária com a Argentina, foi o primeiro país que eu visitei para dar demonstração em 2003 que a gente ia ter uma forte política para América do Sul", concluiu.

A eleição presidencial argentina aconteceu no último domingo (19). Milei teve 55,86% dos votos válidos, contra 44,13% de seu adversário.

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