A TV Cultura exibe neste sábado (2) o segundo episódio da minissérie documental “JK, o Reinventor do Brasil”, às 22h30.
A produção, que é dividida em quatro capítulos, narra a história de Juscelino Kubitschek desde o nascimento até a morte.
O episódio desta semana apresenta a chegada do político à Presidência da República e a chamada Revolta de Jacareacanga, movimento de oficiais da Aeronáutica no sul do Pará para impedir que o mineiro assumisse o poder. Outro personagem de destaque dessa semana é Henrique Lott, ministro da Guerra, que barrou a ação dos golpistas com uma reação firme.
A minissérie integra um projeto maior que inclui o lançamento de uma fotobiografia e de uma exposição sobre JK, que governou o país de 1956 a 1961 e idealizou o grande empreendimento brasileiro que foi a construção de Brasília. A fotobiografia será publicada em 2024 e reúne aproximadamente 400 imagens cedidas pela família dele e por acervos públicos de São Paulo, Brasília e da Casa de Juscelino, em Diamantina, um pequeno museu que abriga móveis, objetos particulares, fotos e quadros da família.
Já a exposição vai itinerar por espaços culturais de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Diamantina, no próximo ano.
Próximos episódios
Terceiro capítulo
Com exibição no dia 9 de dezembro, o próximo episódio aborda a construção de Brasília, além da ebulição cultural e esportiva do país, com a bossa nova, o cinema novo e a conquista da Copa do Mundo de 1958.
Quarto capítulo
No quarto e último episódio, que será exibido no dia 16 de dezembro, o golpe militar de 1964 obriga JK a partir para o exílio, período em que passou por cidades da Europa e dos Estados Unidos.
Três anos depois, ele volta ao país e se une a Carlos Lacerda (antes um adversário político) e a João Goulart para montar uma frente ampla em oposição ao regime.
A história
Quando Juscelino Kubitschek é eleito o 21º presidente do Brasil, a claudicante democracia pátria está sob ataque cerrado e ele só assume graças a um levante militar que garante sua posse. Eleito pelo povo e empossado pela força dos tanques, ele presidiu o país durante cinco anos.
Armado de sonhos enormes e um sorriso inabalável, construiu no interior do país a primeira cidade modernista do mundo, abriu estradas, industrializou o país e cravou uma estaca no peito do histórico complexo de vira-latas. Foram os anos em que a tenista Maria Esther Bueno foi campeã em Wimbledon, a Seleção Brasileira ganhou a Copa do Mundo e “Garota de Ipanema” tomou conta das rádios do planeta, e tudo parecia possível.
Juscelino era a prova disso: menino pobre de Diamantina que se formou em medicina, se elegeu presidente da República, foi tirado para dançar pela princesa Margaret da Inglaterra e inventou uma nova ideia de Brasil. Um país moderno, cosmopolita, que se sentia à vontade no mundo. JK deixou o poder em janeiro de 1961, aclamado pelo povo, e só não foi reeleito em 1965 porque a democracia tinha acabado um ano antes.
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