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Uma funcionária negra de uma barraca de churros da CCXP23 alega ter sido chamada de "preta safada" e acusada de roubo por uma cliente branca. O caso ocorreu na tarde da última quinta-feira (30), primeiro dia do evento aberto ao público geral.

A atendente de caixa Elizabeth dos Santos, de 36 anos, funcionária da barraca Mr. Dream Churros, informou ao site da TV Cultura que a cliente, ainda não identificada, a xingou após ocorrer um erro no pagamento de uma compra. Na ocasião, a maquininha realizou a transação de venda duas vezes.

"Eu fui cobrar o churros dela. Só que aí a maquininha deu erro e não saiu a filipeta do pagamento. Quando acontece isso, o banco da cliente estorna o valor. Isso é normal", afirma Elizabeth.

"A mulher começou a se exaltar e eu tive que chamar a minha chefe para resolver. Ela começou a gritar alto falando que eu tinha roubado o dinheiro dela, que a loja tinha roubado", completa a vítima.

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Conforme presenciou a reportagem, a dona do estabelecimento Fernanda Ramos, de 43 anos, foi falar com a cliente e tentar resolver a situação. Nesse momento, aconteceu uma discussão entre elas. Na briga, a mulher chegou a jogar água na cara de Fernanda.

"Isso não pode acontecer. Como em um evento desse tamanho não tem seguranças. Eles demoraram para aparecer. Essa mulher chamou ela de 'preta safada', falou que a Elizabeth havia roubado ela. Racismo é crime, é grave. É um absurdo isso ter acontecido", lamenta Fernanda.

"Eu fiquei constrangida na hora. Senti muita vergonha, pois estava fazendo meu trabalho direito, tratando os clientes bem, limpando as mesas", afirma Elizabeth. "Só queria saber o nome dela para poder processá-la, pois tenho testemunhas", complementa.

Após o ocorrido, seguranças do local foram atrás da cliente. A mulher estava acompanhada de uma criança negra, que, segundo testemunhas, era sua filha.

Em comunicado oficial, a CCXP repudia o ocorrido. Leia abaixo o comunicado na íntegra:

A organização do evento lamenta a situação ocorrida e reforça que não compactua com nenhum tipo de discriminação. Esclarece que logo que foi acionada atuou imediatamente junto as partes prestando assistência.

O evento conta com uma equipe de uma empresa especializada em prevenção e acolhimento. A atuação é direcionada a situações de assédio (racial, moral e sexual), além de auxilio a PCDs.