O Ministério da Saúde abriu nesta quinta-feira (7) uma consulta pública sobre a proposta de incorporação da vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a pasta, o imunizante Qdenga já está em avaliação pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
A decisão aconteceu em reunião da Comissão nesta quarta-feira, que considerou o aumento de casos no país e a necessidade de incluir mais uma alternativa para enfrentamento à doença.
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A Comissão recomendou, inicialmente, a incorporação do imunizante para localidades e públicos prioritários que serão definidos pelo Programa Nacional de Imunizações, considerando as regiões de maior incidência e transmissão e nas faixas etárias de maior risco de agravamento da doença.
Segundo o Ministério, a recomendação inicial da Conitec também está condicionada a uma proposta de redução de preço pela fabricante, compatível com a sustentabilidade do PNI. Apesar do desconto inicialmente oferecido, o valor por dose, de 170 reais, ainda é considerado alto pela pasta. O valor é duas vezes maior que as vacinas mais caras incluídas no programa.
De acordo com o laboratório, poderão ser entregues 8,5 milhões no primeiro ano e um total acumulado de 50 milhões em cinco anos, o que impõe restrições no público a ser atendido.
Considerando a projeção epidemiológica para o próximo verão, com a possibilidade de aumento de casos de dengue, para dar urgência na deliberação a consulta ficará aberta pelo prazo de 10 dias. Depois desse período, as contribuições e sugestões serão organizadas e avaliadas pela Comissão, que emitirá uma recomendação final.
A vacina deve ser administrada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses.
“A avaliação inicial favorável da Conitec, condicionada a uma adequada negociação de preços para a vacina ser usada na estratégia do PNI, nos dá certeza de que poderemos contribuir de modo ainda mais abrangente para o combate à dengue”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
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