O verão de 2023 no Ártico foi o mais quente já registrado, conforme revelado pelo Relatório do Ártico da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa), na última terça-feira (12).
A temperatura média durante os meses de julho a setembro alcançou 6,4°C, meio grau acima do recorde anterior, estabelecido em 2016. Este fenômeno é parte de uma tendência mais ampla de aquecimento global que está transformando a região polar.
O relatório destaca que o aquecimento não se limita apenas ao verão, mas afeta todas as estações do ano, com a primavera chegando mais cedo e o outono prolongado. Esse desequilíbrio climático levanta preocupações sobre o futuro do Ártico e suas consequências.
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A região teve o sexto ano mais quente desde 1900, com uma média de -6,9°C, 0,7°C acima do registrado entre 1991 e 2020. Desde os anos 1940, as temperaturas médias anuais aumentaram 0,25 °C por década, contribuindo para o aquecimento de grandes rios que desembocam nos mares árticos.
Ainda de acordo com o documento, a perda de gelo próximo à superfície no permafrost - camada do subsolo da crosta terrestre que está permanentemente congelada - está resultando em deslizamentos de terra e afundamentos, afetando rios, lagos e mares da região. A cobertura de gelo marinho continua a diminuir; a deste ano foi a sexta mais baixa desde 1979.
Os incêndios sem precedentes no Canadá durante o verão, destacados no relatório, ressaltam os impactos dramáticos das mudanças climáticas. As temperaturas da superfície do mar em agosto foram 5°C a 7°C mais altas do que as médias de 1991 a 2020 em vários locais, enquanto anomalias de frio foram observadas em outros, evidenciando uma complexidade crescente nos padrões climáticos do Ártico.
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