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Advogado critica a não atualização da tabela de isenção do Imposto de Renda: “Revoltante”

No Jornal da Cultura, Roberto Delmanto Junior afirma que a falta de correção da tabela prejudica a classe trabalhadora no país


08/01/2024 13h08

Em ano de eleição, a pauta sobre Imposto de Renda (IR) volta aos debates. Na última edição do Jornal da Cultura, a economista Mariana Almeida e o advogado Roberto Delmanto Junior debateram os impactos da correção da tabela do IR.

Na visão da economista, um dos grandes problemas do Brasil é a não ampliação do debate e se limitar apenas ao tópico da isenção.

“Falando apenas da isenção da camada mais baixa do Imposto de Renda, a conta não fecha. Você está falando de ampliar o número de pessoas que não pagam. Não tem como fechar a conta mexendo apenas de um lado”, afirmou Almeida.


O Imposto de Renda está na agenda do Ministério da Fazenda. O plano do atual governo é fazer mudanças na próxima etapa da Reforma Tributária. Mas não há prazo para isso acontecer.

A economista ainda explicou como outros países fazem a cobrança e como o Brasil poderia se inspirar.

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“No caso de pessoa física, o Brasil só têm quatro faixas de IR. Nos Estados Unidos, Coreia e Japão, são sete. Nossa alíquota mais alta é de 27,5%. A média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é de 44%. A gente fala muito pouco da melhor forma e mais eficiente para o nosso país”, completa.

No programa, o advogado adotou um tom mais crítico sobre o IR no Brasil e afirmou que o atual modelo prejudica as classes mais baixas.

“É uma situação revoltante. Tudo tem correção no funcionalismo público. Ministério Público, cargos do Poder Executivo e o funcionalismo. Além do pacote bilionário para eleições municipais. Para tudo há uma correção, mas fica o ‘lenga lenga’ para o trabalhador. A correção [do Imposto de Renda] deveria ser lei. Para mim tudo e para eles nada”, crítica Delmanto.

Se a faixa de isenção chegar a R$ 5 mil, como prometido pelo atual governo, acontecer no ano que vem, estima-se que a arrecadação cairia de R$ 321 bilhões para R$ 166 bilhões.

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