O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça-feira (9) que as investigações sobre a morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes terão uma “resposta final” no primeiro trimestre de 2024. A declaração foi dada em entrevista à rádio CBN.
“Esse é um desafio que a PF assumiu no ano passado. Estamos há menos de um ano à frente dessa investigação, de um crime que aconteceu há cinco anos, mas com a convicção de que ainda nesse primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do Caso Marielle”, afirmou Rodrigues.
A resolução do caso foi uma das promessas do ex-ministro da Justiça Flávio Dino. Ao longo de 2023, ele deu diversas declarações que as investigações teriam uma resposta.
De acordo o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF mantém uma equipe de investigação exclusiva para o caso e ressalta que solucioná-lo é “fundamental” para o simbolismo político das mulheres.
Leia também: Lula promete novas ações para proteger povo Yanomami: “Não é possível perder uma guerra para garimpo ilegal”
Vale lembrar que o inquérito que investigava os assassinatos saiu da Justiça do Rio de Janeiro e foi para o Superior Tribunal de Justiça em outubro do ano passado. Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, foi citado em uma delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, um dos envolvidos no caso.
No mês de março, os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes completam seis anos. No dia 14 de março de 2018, a vereadora carioca do PSOL, assim como o motorista, foi alvejada por tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, que fica na Região Central do Rio de Janeiro.
Além das duas vítimas fatais, a assessora da política também se encontrava dentro do veículo e foi atingida por estilhaços, mas sobreviveu.
Naquela noite, Marielle havia participado de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas".
Leia também: Após fuga de um dos maiores criminosos do Equador, quatro policiais são sequestrados
A socióloga e ativista foi eleita em 2016. Durante sua vida, ela defendeu pautas como o feminismo e os direitos humanos. A política também denunciou diversos casos de abuso policial em comunidades carentes da capital fluminense.
Recentemente, o Governo Federal transformou 14 de março no Dia Nacional Marielle Franco, data com foco no enfrentamento à violência política de gênero e de raça.
REDES SOCIAIS