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Médicos Sem Fronteiras condena ataque a abrigo da organização na Faixa de Gaza

Filha de cinco anos de um profissional da equipe morreu; MSF pede por cessar-fogo imediato na região


10/01/2024 08h55

A organização internacional Médicos Sem Fronteira (MSF) divulgou nesta terça-feira (9) uma nota em que condena um ataque feito a um dos abrigos da organização na Faixa de Gaza, causando a morte de uma menina de cinco anos, filha de um dos profissionais da equipe.

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O ataque ocorreu na última segunda-feira (8). No comunicado, a MSF descreve que um projétil semelhante a de um tanque atravessou o edifício em que mais de 100 membros da equipe e seus familiares se abrigavam, na cidade de Khan Younis, sul da região.

A criança chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Europeu de Gaza, onde foi submetida a cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. Outras três pessoas ficaram levemente feridas.

Thomas Lauvin, coordenador da MSF em Gaza, relata na nota que a organização está indignada e triste com a morte de mais um familiar dos membros da equipe. "Este ataque a civis é inaceitável e, mais uma vez, mostra que não importa onde você esteja em Gaza, nenhum lugar é seguro”, ele afirma. “O projétil não detonou com o impacto. Caso contrário, muitos outros de nossos profissionais e suas famílias provavelmente teriam sido mortos”.

Quatro profissionais de MSF foram mortos desde o início da escalada da guerra, além de inúmeros familiares.

A organização alega que as forças israelenses foram notificadas que o edifício onde estavam servia como abrigo para os membros da MSF e suas famílias. Ainda, que não houve ordem de evacuação antes do ataque.

A MSF deixa claro que não é possível confirmar a origem do projétil lançado, mas que ele é semelhante aos usados pelos tanques de Israel. O grupo humanitário diz ter entrado em contato com autoridades israelenses em busca de esclarecimentos.

"Reiteramos o nosso apelo por um cessar-fogo imediato e sustentado em Gaza. A violência indiscriminada contra civis deve acabar agora!", escreve a MSF.

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