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“Não vai abalar a questão do meu respeito por ela”, diz Nunes sobre demissão de Marta

Marta deixou a Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo na terça-feira (10)


10/01/2024 14h29

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se manifestou nesta quarta-feira (10) sobre a demissão da ex-secretária Marta Suplicy (sem partido) da secretaria de Relações Internacionais da capital paulista.

Segundo Ricardo Nunes, a demissão é ‘página virada’ e não muda o ‘respeito’ sobre a ex-secretária. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa.

Leia mais: Exoneração de Marta Suplicy é publicada em Diário Oficial

"A página está virada. Quando eu tive a confirmação do que estava acontecendo, me coube chamá-la para conversar e entender. Nossa relação é boa. [...] Ela fez um bom trabalho. [...] Não vai abalar a questão do meu respeito por ela, mas não tinha como continuar numa situação dessa", declarou Nunes.

Durante a coletiva, Nunes foi questionado se considerava a decisão de Marta uma traição.

“Não. É uma palavra muito forte. Não atribuiria uma palavra dessa à prefeita Marta. Ela tem seu trabalho, tem sua história. Acho que foi desencontrado, evidentemente. Aliás, não preciso nem falar, vocês acompanharam. Os fatos estão aí. Fato é fato, aí é da avaliação de cada um. Mas essa palavra [traição] é muito forte”, respondeu o prefeito.

Ricardo Nunes disse ainda que Marta lhe confirmou ter aceitado ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL).

“Ela [Marta] disse que aceitou [ser vice de Boulos]. Que havia conversado com o presidente Lula e que havia aceito”, ressaltou Nunes.

A saída de Marta Suplicy da secretaria de Relações Internacionais nesta quarta. A decisão foi publicada no Diário Oficial.

A medida foi comunicada na última terça (9) após Marta aceitar o convite para se candidatar a vice-prefeita na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições municipais deste ano.

Boulos ainda não confirmou a parceria, mas a tendência é que o anúncio seja feito nos próximos dias.

Na última segunda (8), Lula e Marta se reuniram no Palácio do Planalto para discutir o tema. Para as eleições, ele deverá voltar ao PT após quase 10 anos. Em 2015, se filiou ao MDB, depois migrou para o Solidariedade. Mas, desde 2020 está sem partido.

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