A morte dos quatro jovens encontrados em um carro de luxo, no dia 1º de janeiro, em Balneário Camboriú (SC), foi provocada por intoxicação em decorrência de um vazamento de monóxido de carbono no automóvel. O laudo foi divulgado nesta sexta-feira (12), após análise feita pela Polícia Científica.
O sistema de escapamento do veículo, modelo BMW/320I M Sport, ano 2022, havia sido modificado, o que causou o vazamento do gás tóxico no interior do carro.
As verificações policiais constataram que no automóvel haviam concentrações de, no mínimo, 1.000 ppm (partículas por milhão) de monóxido de carbono, quantidade suficiente para levar uma pessoa à morte em um período entre uma e duas horas.
Segundo as autoridades, a alteração que trocou o catalisador do escapamento por um downpipe foi realizada em Aparecida de Goiânia, em Goiás. Com o equipamento, é aumentado a rotação da turbina, o que influencia na geração de mais potência no carro. Os mecânicos que fizeram essa modificação serão ouvidos pela polícia.
Os jovens ficaram entre três e quatro horas na rodoviária de Balneário Camboriú. Eles teriam ido até o local para buscar a namorada de um deles, que vinha de ônibus de Minas Gerais.
A namorada, ainda não identificada, declarou à polícia que as vítimas relataram enjoos e tonturas e, por isso, decidiram ficar dentro do automóvel para melhorarem. Nesse instante, o ar-condicionado, local por onde o monóxido de carbono passou para dentro do veículo, ficou ligado o tempo todo.
As vítimas foram identificadas como Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Tiago de Lima Ribeiro, 21, Karla Aparecida dos Santos, 19, e Nicolas Kovaleski, 16 anos.
A perícia também averiguou que não tinham drogas e nem bebidas no carro, além de apontar que os jovens não fizeram uso de entorpecentes.
Por fim, o laudo concluiu que a montadora do veículo não teve responsabilidade na fatalidade. A mudança que provocou o vazamento de gás tóxico no carro foi feita após a compra dele.
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