De acordo com uma pesquisa do Women’s Danger Index, dos EUA, o Brasil é o segundo país mais perigoso do mundo para as mulheres viajarem sozinhas.
No estudo, que rankeou as 50 nações mais visitadas, o país só perde para a África do Sul como destino mais perigoso, e está à frente de países de cultura sabidamente machista, como Irã, Egito e Marrocos.
Segundo o último levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve 722 feminicídios e mais de 34 mil estupros registrados no país no primeiro semestre do ano passado.
Um dos casos que simboliza o perigo para mulheres turistas aconteceu no mês passado. Durante uma viagem pela Amazônia, a artista venezuelana Julieta Hernandez, de 38 anos, foi estuprada, assassinada e teve o corpo queimado.
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Para Clicie Carvalho, advogada e gestora do 'Projeto Justiceiras', as legislações brasileiras têm melhorado na questão da proteção às mulheres, mas o ritmo ainda não resultou em uma mudança de perspectiva social e cultural das pessoas.
“É preciso investir muito em políticas públicas de prevenção e de repressão também. A questão das medidas protetivas tem que ser melhor analisada (...) Assim como a educação. As crianças, os adolescentes… para eles não perpetuarem essas atitudes machistas, que acabam no feminicídio”, comenta.
Sobre o levantamento da Women’s Danger Index, o Ministério do Turismo declarou ao Jornal da Tarde, da TV Cultura, que realiza ações voltadas à segurança turística e também segurança pública em parceria com outros ministérios, instituições e secretarias de turismo
Saiba mais sobre o tema na matéria do Jornal da Tarde que foi ao ar esta segunda-feira (22):
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