Sete em cada dez alimentos sofreram reduções de peso ou volume nos últimos três anos no Brasil. Os dados são de um levantamento realizado pela consultoria Kantar.
De acordo com a pesquisa, desde 2021, os sorvetes foram os produtos que tiveram a maior redução, com 26%. Os cafés instantâneos ficaram em segundo lugar, com diminuição de 17%. Bebidas vegetais, itens congelados e salgadinhos ficaram, respectivamente, 13%, 12% e 11% menores.
Essa perda no volume dos alimentos é chamada de ‘reduflação’ pelos economistas. Conforme o estudo, as empresas justificam que precisam fazer ajustes no tamanho dos produtos em virtude dos custos de produção estarem cada vez maiores.
Segundo Roberto Kanter, professor de estratégia de negócios na FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), os consumidores reclamam em primeiro momento do peso das embalagens, mas, logo após, continuam a comprar os produtos da marca de preferência.
“Quando ele percebe que a marca que ele utiliza como primeira opção fez isso, ele talvez fique um pouco revoltado e opte pela segunda marca, onde ele vai pagar o mesmo preço com uma quantidade maior. No entanto, a verdade é que posteriormente essa segunda, terceira marca vão fazer a mesma coisa” explica em entrevista exclusiva ao jornalismo da TV Cultura.
Uma determinação do Ministério da Justiça obriga que as empresas devem avisar a redução de peso nas embalagens por pelo menos seis meses.
Entretanto, ainda há um projeto de lei em tramitação no Senado que quer ampliar essa regra para dois anos. A proposta já passou pelas comissões da casa e aguarda votação no plenário.
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