Um levantamento feito pelo aplicativo de controle parental Qustodio, com dados de mais de 400 mil famílias de vários países, revelou que 48% dos entrevistados usaram a rede social TikTok no ano passado. As pessoas ficaram, em média, 112 minutos por dia no app, uma alta de 5% em relação a 2022.
O público infanto-juvenil ficou 60% do tempo a mais na plataforma chinesa do que no YouTube, até pouco tempo o site mais acessado por esse grupo.
O TikTok é uma rede social de compartilhamento de vídeos de até três minutos com recursos para edição. Nele é possível incluir filtros, legendas, e trilhas sonoras. A rede social é apontada como a preferida de crianças e jovens entre 4 e 18 anos em todo o mundo.
No ano passado, o aplicativo faturou quase três bilhões de dólares e liderou o ranking geral dos mais baixados.
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Dependência
A escalada de sucesso e influência digital da plataforma acendeu o alerta em pais e especialistas, preocupados com o aumento dos problemas de saúde mental entre crianças e adolescentes.
Segundo Wimer Bottura Junior, psiquiatra e presidente do Comitê de Adolescência da Associação Paulista de Medicina, é preciso estudar se o aumento do número de usuários tem a ver com o número de problemas psicológicos dessa faixa etária.
“Posso afirmar que ele [TikTok] faz parte do processo de agravo. O que a pessoa busca por uma falta, busca por algo que lhe está faltando, não encontra a solução e entra na dependência. Quando a pessoa entra, gera um certo prazer, gerando dopamina, e a pessoa, por não ter fonte de dopamina em outras relações, outras atividades, vai obter só desta. Aumentando a chance de dependência”, comenta o psiquiatra.
Saiba mais sobre o tema na matéria que foi ao ar na última segunda-feira (30) no Jornal da Cultura:
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