Brasil registra recorde de arrecadação com turismo em 2023
País tem ano melhor do que 2014, quando recebeu a Copa do Mundo de futebol; plano do governo é aumentar arrecadação em mais de US$ 1 bilhão em quatro anos
06/02/2024 15h41
Dados do Banco Central mostraram que turistas estrangeiros gastaram US$ 6,9 bilhões em 2023 no Brasil, o maior valor registrado pelo órgão. Os números superam os de 2014, quando o país recebeu a Copa do Mundo, e os gastos foram de US$ 6,8 bilhões.
Ao todo, 6 milhões de turistas visitaram o Brasil no ano passado, 400 mil a menos do que 2019, último ano antes da pandemia da Covid-19. Porém, foi quase 2,5 milhões a mais do que em 2022.
De acordo com a Embratur, a oferta de assento dos voos em 2023 foi 32,5% maior que em 2022 (de 9,7 milhões para 12,9 milhões). Apesar do aumento, ainda é menor do que em 2019, quando foram ofertadas 14,5 milhões de cadeiras.
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Para o turismo crescer ainda mais, especialistas afirmam que é necessário aumentar a conectividade, já que a maioria dos visitantes são de países vizinhos. Um em cada três turistas em 2023 vieram da Argentina, seguido de Estados Unidos (11%), Chile (7,7%), Paraguai (5,6%) e Uruguai (5,6%).
“O Brasil depende muito de conexão aérea, diferentemente da Europa que você visita um país ao outro de trem. Então, trazer novas companhias aéreas e planejar novos voos, isso tudo é muito importante”, explica Marcelo Freixo, presidente da Embratur.
O Plano Nacional de Turismo, aprovado em janeiro, prevê que, em 2027, os estrangeiros gastem mais de US$ 8 bilhões.
“[Precisamos] Trabalhar aspectos onde o Brasil precisa melhorar em relação ao turismo. A mulher ainda se sente muito insegura ao vir ao Brasil, as comunidades LGBTQIA+ ainda se sentem inseguras aqui. Tenho a sensação de que a gente faz uma promoção errada do Brasil e acaba vendendo a marca de uma maneira inadequada. O Brasil é um país lindo, que a gente tem história, folclore, festas muito bonitas. Precisamos trazer mais pessoas e trazer gente que vê o Brasil como um país bacana, alegre e hospitaleiro”, afirma a economista Paula Sauer.
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