Aliados de Bolsonaro criticam operação da PF contra ex-presidente e ex-ministros
Senadores Damares Alves e Carlos Portinho e deputado Eduardo Bolsonaro questionam ação das autoridades
08/02/2024 11h34
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram as redes sociais para criticar a operação da Polícia Federal (PF) que mira o antigo chefe do Executivo e seus assessores. A senadora Damares Alves (Republicanos/DF) afirmou que viu a ação com indignação, mas nenhuma surpresa.
“Na manhã de hoje não há outro sentimento que não seja o de indignação, mas não podemos dizer que estamos surpresos. Sabemos como funciona o mecanismo. Muitos não acreditavam quando a gente falava e agora estão vendo tudo acontecer. Que Deus tenha misericórdia do nosso país” escreveu.
Outro aliado do ex-presidente que atacou a operação da PF foi o senador Carlos Portinho, líder do PL no Senado. Na visão dele, o atual governo é um regia que "acua, persegue, silencia e aplaca a oposição”.
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"O Regime instalado no país, a partir de um inquérito sem precedentes num Estado de Direito, avança ainda mais sobre lideranças da oposição, avança sobre um partido politico e sobre inclusive membros das forças armadas e a própria", escreveu em suas redes.
Além de aliados políticos, sua família também saiu em defesa do ex-presidente. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP) citou que as operações contra o pai e o irmão aconteceram após atos de apoio ao ex-presidente e que a política brasileira é feita pelo STF.
Sobre a operação
A PF deflagrou uma operação nesta quinta-feira (8) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Denominada de "Tempus Veritatis" – "hora da verdade", também tem como alvos ex-ministros e ex-assessores do político por tentarem dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso.
Ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva são cumpridos. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados e destituição de cargos públicos. Bolsonaro, por exemplo, é alvo de medidas restritivas e deve realizar a entrega do passaporte às autoridades em até 24 horas.
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Além de Martins, o coronel Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, e o major do Exército Rafael Martins de Oliveira também foram presos.
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