Nos últimos dias, o Brasil está vivenciando um aumento no número de casos de dengue. Desde o início de 2024, o país já registrou 1,2 milhão de casos da doença, conforme o Ministério da Saúde (MS).
Até o momento, o país registrou 278 mortes por dengue, enquanto ao menos outras 744 estão em investigação
Diante do cenário preocupante para a saúde pública, é essencial que a população saiba os principais cuidados, sintomas e o que não se deve fazer caso esteja com a enfermidade. Confira todas orientações abaixo:
Sintomas
Os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta;
- Dor no corpo e nas articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo;
- Dor abdominal intensa e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos;
- Sangramento de mucosa;
- Irritabilidade.
Principais cuidados
A principal forma de prevenir a dengue é reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti, inseto responsável por transmitir o vírus causador da doença. Para isso, é recomendado:
- Manter reservatórios ou caixas d’água cobertos com tampas, telas ou capas, impedindo que o mosquito Aedes aegypti deposite seus ovos;
- Evitar água parada em pneus, latas, garrafas vazias ou calhas;
- Realizar a limpeza regular da caixa d’água.
Além disso, alguns cuidados de proteção individual são fundamentais, principalmente em áreas de alto risco para a picada do mosquito. Assim, é indicado a utilização de: camisas ou calças para cobrir regiões do corpo que ficam mais expostas; telas mosqueteiras em portas, janelas e/ou sobre a cama; e repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou Icaridina.
Esses tipos de repelente são sugeridos para o uso durante a gravidez. Para crianças, o uso desses produtos só deve ser realizado sob orientação médica.
Repouso, hidratação e alimentação adequada também são hábitos essenciais para se ter em casos de dengue.
Por fim, pessoas que estiverem com sintomas mais sérios da doença devem ir ao centro médico e evitar a automedicação.
Vacina
O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao SUS (Sistema Único de Saúde). A partir disso, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público.
A vacina, denominada como Qdenga, foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março de 2023 e desde julho já está disponível em clínicas privadas.
Já na rede pública, por enquanto, o governo declarou priorizar a imunização em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que residem em cidades com mais de 100 mil habitantes com uma alta transmissão da dengue – cerca de 521 municípios do país.
O imunizante pode ser aplicado em pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente da exposição anterior à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação.
A aplicação é feita em um esquema de duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. Porém, é contraindicado para gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência ou sob algum tratamento imunossupressor.
Aspirina e Ibuprofeno: medicamentos perigosos
Pacientes diagnosticados ou que estão com suspeita de dengue não devem tomar os seguintes medicamentos: Aspirina, Ibuprofeno, Nimesulida, Prednisona e Hidrocortisona.
Segundo o Ministério da Saúde, esses remédios podem aumentar o risco hemorrágico da doença e agravar o quadro do paciente.
Além disso, a pasta também alerta que a ivermectina não combate à dengue, tendo em vista que o medicamento é um antiparasitário e não tem eficácia comprovada contra a doença viral.
Já dipirona e paracetamol são indicados para amenizar as dores e mal-estar provocados pela dengue, uma vez que eles não aumentam os riscos de sangramento.
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