Israel declara Lula como “persona non grata” por comparação de ação de Israel em Gaza com Holocausto
Ministro das Relações Exteriores de Israel afirma que título só será retirado após presidente brasileiro se retratar
19/02/2024 11h33
O governo de Israel declarou, nesta segunda-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “persona non grata”. A decisão foi tomada após o líder brasileiro comparar as ações de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio judeu pela Alemanha nazista.
"Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma 'persona non grata' em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate", escreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, nas redes sociais.
A expressão “persona non grata” é um instrumento jurídico utilizado em relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo.
Katz ainda afirmou que "a comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto".
Leia também: Duas semanas após a eleição, Justiça Eleitoral confirma reeleição de Bukele em El Salvador
Em viagem a Etiópia no último final de semana, Lula definiu os ataques de Israel em Gaza como “genocídio” e “chacina”. Ele ainda cobrou uma postura diferente do Conselho de Segurança da ONU.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores de Israel convocou o embaixador do Brasil para uma reunião para debater a declaração de Lula.
Leia também: Abilio Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar, morre aos 87 anos em São Paulo
REDES SOCIAIS