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Dengue: mulheres grávidas têm quatro vezes mais chances de morte quando contraem a doença

Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo alerta para riscos das doenças para o público


21/02/2024 15h06

Um dos maiores problemas no Brasil neste início de ano é a dengue. E ela acaba sendo uma preocupação ainda maior para as mulheres grávidas. A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) informou que as mães têm quatro vezes mais chances de morrer e os fetos três vezes mais comparado com uma pessoa comum.

De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, são 688 mil casos e 122 mortes pela dengue em 2024 no Brasil.

O perigo de contrair a dengue na gestação está no fato de que vários dos sintomas, como taquicardia e modificações no sangue, também acontecem na gravidez.

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“Gestante é um grupo de risco, porque ela tem notificações gravídicas, né? Com o aumento da pandemia, um ataque cardíaco se confunde com sinais iniciais da dengue, já que a fisiopatologia da dengue é a mesma na gestante. Por causa dessas modificações gravídicas, existe uma dificuldade no diagnóstico da doença e, na dengue, é muito importante o diagnóstico precoce”, explica Rosiane Mattar, coordenadora científica de obstetrícia da SOGESP.

O que também preocupa são algumas características do organizado das grávidas, que também ajudam a atrair mais mosquitos.

“As grávidas têm uma temperatura um pouco mais elevada do que o normal, uma respiração mais rápida pela compreensão do abdômen e isso faz com que elas eliminem uma quantidade maior de CO2. E esses são fatores que atraem mais o mosquito. Então, elas atraem mais o mosquito e as infecções, seja por dengue, Covid-19 ou qualquer outra infecção, uma paciente grávida que gera febre é sempre um quadro clínico muito preocupante tanto para ela quanto para o feto”, afirma Carlos Starling, consultor cientifico da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Neste momento, o imunizante disponibilizado pelo SUS é apenas para crianças entre 10 e 11 anos e não pode ser aplicado em gestantes.

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A recomendação dos médicos é prevenção. As mulheres devem evitar locais com incidência do mosquito e eliminar possíveis focos dele em casa. Além disso, ter um bom repelente. Caso apresente algum sintoma, procure uma unidade de saúde.

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