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Reprodução | TV Cultura
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Terminou nesta quarta-feira (21) o julgamento do recurso do jornalista Julian Assange, editor do Wikileaks, na corte de apelação inglesa. Se ele for julgado nos Estados Unidos, pode ser condenado a 175 anos de prisão por divulgar documentos secretos do governo norte-americano. O veredicto deve sair nas próximas semanas.

O jornalista foi autorizado a deixar a prisão para ir ao tribunal mas passou mal e não foi. Ele está detido sem condenação desde 2019 em uma prisão britânica, aguardando a decisão sobre o pedido de extradição do governo dos Estados Unidos.

Assange é acusado de espionagem por que seu site divulgou documentos secretos da inteligência norte-americana sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque.

Hoje, representantes do governo norte-americano disseram que o Wikileaks colocou vidas em risco e insistiram que os documentos publicados vão além do jornalismo, igualando a espionagem.

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Na última terça-feira (20), os advogados de Assange alegaram que a CIA, agência de espionagem dos EUA, planejou assassinar o jornalista. A defesa também afirma que o pedido de extradição é uma retaliação pela publicação legítima de documentos que revelaram crimes de guerra dos Estados Unidos.

O processo por espionagem foi aberto pelo governo Trump e mantido pela administração de Joe Biden. A justiça dos EUA, desde os anos 1970, reconhece o direito dos jornalistas de publicar documentos secretos, mas condena o agente público que eventualmente divulgar os papéis.

Terminados os procedimentos no tribunal, manifestantes entraram na corte para tentar uma ocupação pacífica, mas foram retirados por policiais. A corte britânica não tem um prazo para dar a decisão, mas ela não deve sair antes do dia 5 de março. Se perder, Assange ainda tentará um recurso à câmara de direitos humanos da União Europeia.

Saiba mais na matéria sobre o tema que foi ao ar esta quarta-feira (21) no Jornal da Cultura:

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