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Ruy Conde/Ascom MDHC
Ruy Conde/Ascom MDHC

O ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) discursou na tribuna da ONU, em Genebra, na Suíça, nesta segunda-feira (26) e saiu em defesa da criação de um Estado Palestino, assim como fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos últimos dias. Além disso, voltou a fazer críticas as ações de Israel na Faixa de Gaza.

"A criação de um Estado palestino livre e soberano, que conviva com o Estado de Israel, é condição imprescindível para a paz", disse Almeida.

"Consideramos ser dever do Conselho prestigiar a autodeterminação dos povos, a busca da solução pacífica dos conflitos e se opor de forma veemente a toda forma de neocolonialismo e de apartheid”, completou.

Almeida discursou por pouco mais de 10 minutos. A fala aconteceu durante a posse do Brasil em seu sexto mandato como membro do Conselho de Direitos Humanos da organização.


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Em seu depoimento, o ministro também condenou os ataques do Hamas que iniciaram os conflitos. Porém, acredita que a resposta israelense foi “desproporcional”.

"Reitero nosso repúdio à flagrante desproporcionalidade do uso da força por parte do governo de Israel, uma espécie de 'punição o coletiva', que já ceifou a vida de quase 30 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, forçadamente deslocou mais de 80% da população de Gaza, e deixou milhares de civis sem acesso a energia elétrica, água potável, alimentos e assistência humanitária básica”, disse.

Em sua fala, ele não fez as comparações com o Holocausto, como Lula fez há pouco mais de uma semana e causou uma crise na relação do Brasil com Israel. Mas, afirmou que as ações do governo de Benjamin Netanyahu podem configurar genocídio, de acordo com artigo da Convenção para a Repressão e Punição do Crime de Genocídio.

"Instamos o Estado de Israel a cumprir integralmente as medidas emergenciais determinadas pelo tribunal [a Corte Internacional de Justiça, mais alta instância de Justiça da ONU] no sentido de que cessem as graves violações ao direito humanitário", afirmou.

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