O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou pela primeira vez após o ato na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (25). Antes de realizar exames em um hospital paulista, ele explicou que Estado de Sítio e de Defesa são dispositivos constitucionais que podem ser utilizados pelo presidente da República, mas garantiu que não pensou em acioná-los durante o mandato. A declaração foi dada à CNN Brasil.
“O Estado de Sítio começa convocando-se os conselhos da República e da Defesa, ali incluído autoridades políticas. Nada disso foi feito, sequer o primeiro passo foi dado. Agora, deixo claro que são dispositivos constitucionais. Se o presidente da República tivesse pensando em usar qualquer dispositivo de forma legal, isso não é crime”, afirmou.
Ao ser questionado sobre o assunto, o ex-presidente afirmou que não teve acesso ao processo e as informações da Polícia Federal. Então, não deu mais detalhes sobre o caso.
A PF deve incluir o discurso do ex-presidente no ato na avenida Paulista no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. A informação foi divulgada pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Para o órgão, na fala, o Bolsonaro teria admitido o conhecimento sobre a minuta golpista.
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Na última terça-feira (27), o advogado Paulo Bueno, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que ele só teve contato com a “minuta golpista” após seu mandato acabar.
“Esse assunto [minuta golpista] já foi explicado tempos atrás, dias atrás, que as minutas a que o presidente se referia foram encontradas na sala do PL por ocasião da busca e apreensão 15 dias atrás. Foram minutas que eu, enquanto advogado, encaminhei para ele no dia 18 outubro de 2023. Portanto ele comentava sobre algo que ele teve conhecimento, que ele teve ciência muito tempo depois”, explicou Bueno.
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