Hamas acusa Israel de matar mais de 100 civis que buscavam ajuda humanitária em Gaza
Governo israelense rebate acusação e afirma que mortes foram causados pelos próprios palestinos; EUA afirma que caso é “alarmante”
29/02/2024 18h19
O Hamas acusou o exército de Israel de matar, pelo menos, 112 pessoas que aguardavam para receber ajuda alimentar em uma região próxima da Faixa de Gaza. O ataque ainda teria deixado quase 300 feridos. O grupo palestino definiu o ato como "assassinatos em massa e uma limpeza étnica".
Porta-vozes militares de Israel se defenderam e afirmaram que os ataques partiram dos próprios palestinos. Na visão deles, os civis saquearam um caminhão, feriram pessoas e alguns morreram pisoteados. Após o fato, tropas israelenses teriam ido ao local e teriam matado dez palestinos no momento, não os cerca de cem apontados pelo Hamas.
O caso já repercutiu pelo mundo e os Estados Unidos, um dos principais aliados de Israel, afirmaram que o episódio é “alarmante” e precisa ser investigado.
Um porta-voz do governo do premiê Binyamin Netanyahu chamou o episódio de uma tragédia.
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"Os caminhões ficaram sobrecarregados, e as pessoas que dirigiam os caminhões, que eram motoristas civis de Gaza, avançaram sobre as multidões, matando, de acordo com o que entendi, dezenas de pessoas", disse Avi Hyman a repórteres.
O caso aconteceu em uma área muito povoada da Faixa de Gaza e cercada de estruturas sensíveis, como campos de refugiados e dois importantes hospitais. O diretor da emergência do hospital al-Shifa afirmou que havia pelo menos 50 mortos, entre eles mulheres e crianças.
O Hamas ainda pediu que os cidadãos de nações árabes e islâmicas protestem "contra o massacre do povo palestino" e pressionem seus governos para que tomem uma posição "contra crimes de guerra israelenses".
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