Convidado da bancada do Jornal da Cultura da última sexta-feira (1º), o jornalista e doutor em ciência política Leonardo Sakamoto afirmou que as mortes de mais de 100 palestinos durante um tumulto em uma ação de ajuda humanitária configuram “crime de guerra”.
“Isso precisa ser investigado e os responsáveis têm que ser levados até as cortes internacionais e punidos. Isso aí é crime de guerra, é crime contra a humanidade, é genocídio, é carnificina, é limpeza étnica, é o nome que vocês quiserem dar. Só que, enquanto a gente fica discutindo o nome disso, esse tipo de situação continua acontecendo”, disse o jornalista.
Leia também: Leonardo Sakamoto: "Crescimento do PIB está trazendo prazer para quem?"
Na última quinta-feira (29), pelo menos 112 palestinos morreram durante um tumulto. O Hamas acusa soldados israelenses de terem atirado contra uma multidão que esperava pela ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Israel admitiu que atirou em pessoas na multidão, mas afirmou que os tiros serviram para conter a confusão. O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, disse que a maioria das vítimas foram pisoteadas ou atropeladas pelos caminhões que tentavam sair do tumulto.
“Vimos um grupo de pessoas famintas que foram mortas, seja por tiros de soldados de Israel ou atropeladas pelos caminhões que levavam comida. Isso é inominável, assim como foi inominável o ataque terrorista do Hamas contra o povo de Israel”, comentou Sakamoto.
O convidado da bancada do jornal também afirmou que o governo de Benjamin Netanyahu está colocando Gaza abaixo e classificou o primeiro-ministro de Israel como “senhor da guerra” e “genocida”.
Saiba mais sobre o tema na matéria que foi ao ar na última sexta-feira (1º) no Jornal da Cultura:
Leia também: EUA lançam primeiro carregamento aéreo de ajuda humanitária à Faixa de Gaza
REDES SOCIAIS