Estudo da Global Burden of Disease, realizada com pacientes de mais de 200 países, mostrou que os problemas neurológicos afetam 43% da população mundial. Entre os 37 problemas neurológicos citados na pesquisa, AVC, o mais incapacitante, demências, como Alzheimer, e a enxaqueca, a mais prevalente, são os mais comuns.
O trabalho cientifico avalia as condições de saúde de pacientes periodicamente. Outra descoberta da pesquisa é que, nos últimos 30 anos, os casos neurológicos cresceram 18%.
“São doenças que não têm gravidade a ponto de colocar em risco a vida da pessoa, mas que tem um impacto na qualidade de vida. A enxaqueca, por exemplo, é uma condição extremamente frequente. É, talvez, a causa mais comum de busca por um neurologista, porque os pacientes que apresentam enxaqueca, que é um quadro de dor de cabeça intensa, podem prejudicar, por exemplo, a sua carga de trabalho e alterar a sua qualidade de vida”, explica Jose Luiz Pedroso, diretor da associação paulista de neurologia.
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No Brasil, estima-se que haja 47.536 pacientes com condições neurológicas a cada 100 mil habitantes. Além dos prejuízos individuais para as vidas perdidas e afetadas, há uma sobrecarga no sistema público de saúde e uma perda de geração de renda.
“Acho que a educação e informar a população sobre o perigo de não controlar os fatores de risco, que na maioria das vezes são silenciosos, são os caminhos. Uma rede básica para fazer periodicamente a medida de pressão, cuidados no geral de hábitos de vida saudáveis, como diminuição de sal na dieta, atividades físicas regulares, evitar o tabagismo e o etilismo são os principais fatores que acabam cobrindo quase todos os doenças cardiovasculares”, diz Alessandra Goulart, professora da faculdade de saúde pública e colaboradora do estudo da Global Burden of Disease.
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