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Caso Marielle: “Trabalhos foram dados como encerrados”, diz Lewandowski após prisões

Para ministro, há "elementos suficientes" nos autos para a oferta de uma denúncia por parte do Ministério Público


24/03/2024 16h37

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, afirmou neste domingo (24) que a prisão dos supostos mandantes do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes é uma "vitória do Estado brasileiro".

De acordo com ele, com a identificação deles, pode-se dizer que os "trabalhos foram dados como encerrados".

“É claro que podem surgir novos elementos que levarão eventualmente a um relatório complementar da Polícia Federal. Mas, neste momento, os trabalhos foram dados como encerrados”, esclarece.

Lewandowski ainda declarou ter a impressão de que há "elementos suficientes" nos autos para a oferta de uma denúncia por parte do Ministério Público. "Depois de denunciados, todos ou alguns deles, será submetido ao relator acolhendo ao todo ou em parte a denúncia, e depois o julgamento será feito pela primeira turma do STF".

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Durante a coletiva de imprensa, o ministro e Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal (PF) disseram que a motivação dos assassinatos é "complexa" - “até porque o crime organizado no RJ se dedica a várias atividades ilícitas".

"[Marielle] se opunha a esse grupo que queria usar terras para fins comerciais, enquanto o grupo de Marielle queria utilizar essas terras para fins sociais, de moradia popular", expõe.

A PF prendeu neste domingo (24) três suspeitos de serem os mandantes do assassinato que ocorreu em 2018. São eles: Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, apontado como o responsável por atrapalhar as investigações.

Eles foram alvos de mandados de prisão preventiva expedidos por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Denominada de Operação Murder, Inc., a ação foi deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela PF.

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