Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Socioambiental (ISA) revelou na manhã desta quinta-feira (4) que 94% dos indígenas que participaram da pesquisa foram contaminados por mercúrio. Ao todo, o levantamento mapeou nove comunidades da Terra Indígena Yanomami.
Para a formulação do estudo, foram coletadas amostras de cabelo de 287 pessoas. Essas, por sua vez, pertencem ao subgrupo Ninam, do povo Yanomami, e estão dispostas em comunidades localizadas às margens do Rio Mucajaí, um dos mais impactados pelo garimpo ilegal no estado de Roraima.
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Aproximadamente 84% das amostras de cabelo analisadas registraram níveis de contaminação por mercúrio acima de 2,0 μg/g (micrograma). Outros 10,8% apresentaram um cenário ainda mais grave, com resultados acima acima de 6,0 μg/g. Vale ressaltar que dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que os níveis de mercúrio no cabelo não devem ultrapassar 1,0 μg/g.
Aqueles que foram intoxicados pelo metal pesado podem ter diarreia, tremores, gosto de metal na boca, inflamações na gengiva, insônia, falhas de memória, fraqueza muscular, mudanças no humor e até mesmo demência.
Os danos do mercúrio, que é líquido em temperatura ambiente, podem ser fatais, a depender de sua concentração no sistema nervoso do indivíduo.
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