"Só por teimosia, Padilha vai ficar muito tempo”, afirma Lula após críticas de Lira
Presidente da Câmara chamou o ministro de “incompetente”
12/04/2024 20h19
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (12) que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ficará no cargo "só por teimosia".
A declaração do petista acontece um dia após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamar Padilha de "incompetente".
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“Padilha está num cargo que parece ser o melhor do mundo nos primeiros seis meses e depois começa a ser muito difícil. Nos primeiros seis meses isso é como um casamento, nos primeiros meses de casamento tudo é maravilhoso”, disse.
A fala de Lula ocorreu durante a cerimônia de inauguração da nova sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em São Paulo.
"E o Padilha está na fase da cobrança. (...) Mas só de teimosia, o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério, porque não tem ninguém melhor preparado para lidar com a diversidade dentro do Congresso Nacional que o companheiro Padilha", completou o presidente.
Nesta sexta, o PT saiu em defesa do ministro. Segundo o comunicado, ao atacar o ministro, Lira “compromete a liturgia do cargo de presidente da Câmara Federal e ofende a harmonia entre os Poderes da República”.
Entenda conflito
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chamou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de “incompetente” e se referiu ao petista como um “desafeto”. A declaração aconteceu na quinta-feira (11) durante agenda em uma feira agroindustrial na cidade de Londrina, no norte do Paraná.
Lira foi questionado foi questionado sobre a votação na Câmara que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, e sobre um possível enfraquecimento do presidente da Casa.
"Essa notícia foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização [na análise da prisão de Brazão]. Eu deixei bem claro que ontem [quarta-feira] a votação foi de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver [com influência]", declarou Lira.
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