O Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou nesta terça-feira (23) a quebra de sigilo bancário do dono da Porsche envolvido no acidente que matou o motorista Ornaldo Viana. O pedido é da promotora Monique Ratton.
Segundo a promotora, a medida é importante para esclarecer o pagamento de bebidas alcoólicas eventualmente consumidas pelo investigado e seu grupo de amigos antes do acidente.
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A quebra de dados ainda pode ser estendida a terceiros, caso os cartões usados para pagar o bar pertençam a outras pessoas, como a namorada ou o amigo que acompanhava o motorista da Porsche.
No pedido, o Ministério Público também pediu as imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atuaram na ocorrência, assim como a realização, pelo Instituto de Criminalística, da perícia por meio de scanner digital e reprodução simulada dos fatos em 3D.
Além disso, ainda foram solicitados os depoimentos de testemunhas e dos atendentes do bar de onde saíram os envolvidos.
Nesta terça, o laudo da Polícia Técnico-Científica mostrou que o Porsche conduzido por Fernando Sastre de Andrade Filho estava a 156,4 km/h momentos antes de bater no carro do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo.
Segundo o documento, a Porsche estava a 114,8 km/h quando se aproximou do outro veículo. O carro de Ornaldo estava entre 40 km/h e 38,3 km/h. O limite para a via é de 50 km/h.
O acidente envolvendo Fernando Sastre Filho aconteceu na madrugada de 31 de março, na avenida Salim Farah Maluf, zona leste da capital paulista. O motorista de um Porsche bateu na traseira de um Renault e matou o condutor do veículo.
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