Notícias

Alexandre de Moraes se declara impedido em caso de ameaça à sua família

O ministro, no entanto, manteve a prisão de suspeitos de ameaçar seus familiares


01/06/2024 13h41

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se declarou impedido de permanecer no caso da ameaça e perseguição contra sua família. A decisão foi divulgada neste sábado (1º).

Moraes, no entanto, manteve a prisão preventiva dos dois homens acusados de perseguição contra integrantes de sua família.

Com a declaração de impedimento, a ação será redistribuída para um dos outros dez ministros do Supremo. Para justificar a medida, Moraes citou trecho do Código de Processo Penal.

Leia mais: Chuvas no RS: número de mortes sobe para 171

“O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que ele próprio ou seus familiares são parte ou diretamente interessados no feito”, disse.

A Polícia Federal (PF) prendeu na sexta-feira (31) dois homens suspeitos de ameaçar a família do ministro Alexandre de Moraes.

Uma das prisões aconteceu em São Paulo e a outra no Rio de Janeiro. Além disso, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nos mesmos locais.

Foram detidos Raul Fonseca de Oliveira, fuzileiro naval, e Oliverino de Oliveira Junior. Os crimes que estão sendo apurados são: ameaça e perseguição, crime de "stalking".

"A manutenção das prisões preventivas é a medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública, com a cessação da prática criminosa reiterada, bem como em face da conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal", afirmou o ministro.

Os suspeitos teriam enviado e-mails com ameaças a familiares de Moraes. A PF cumpriu as prisões a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

“O conteúdo das mensagens, com referências a ‘comunismo’ e ‘antipatriotismo’, evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves ameaças a familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8.1.2023”, destacou no pedido.

“A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública”, completou.

Leia também: RS: Nível do Guaíba fica abaixo da cota de inundação pela 1ª vez em um mês

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças