Um dia após o Conselho de Segurança da ONU aprovar por unanimidade o plano de cessar-fogo em Gaza, o destino do acordo segue incerto. Israel e o Hamas deram sinais ambíguos e não avançaram.
Uma fonte do ministério israelense disse ao jornal norte-americano New York Times, pedindo anonimato, que o plano atende aos objetivos de Israel, mas recusou dizer se o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu o aceita.
Segundo os negociadores do Catar e do Egito, o Hamas avaliou a proposta positivamente mas "apresentou ressalvas" ao texto.
Sem resposta positiva dos dois lados, o secretário de estado dos EUA, Antony Blinken, disse que a decisão está nas mãos do Hamas.
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Considerado o mais popular entre os políticos palestinos, segundo colocado na eleição de 2005, ex-ministro da Autoridade Palestina e hoje na oposição, Mustafa Barghouti acredita que Israel apresentou o plano anunciado pelo presidente norte-americano, Joe Biden, imaginando que o Hamas o recusaria. Agora que o grupo extremista palestino parece aceitar, Netanyahu está em uma encruzilhada.
“Ele sabe que o fim da guerra significará o fim da sua carreira política. Com o cessar-fogo total ele estará acabado politicamente porque será investigado por seu fracasso no dia 7 de outubro, e terá que enfrentar os processos de corrupção nos tribunais israelenses, podendo acabar na prisão”, diz Barghouti.
Saiba mais sobre o tema na matéria do enviado especial da TV Cultura a Israel, Leão Serva, que foi ao ar nesta terça-feira no Jornal da Cultura:
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