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Jogo do Tigrinho: perfis falsos invadem redes sociais para capturar dados pessoais de usuários

Relatos de pessoas que ganharam dezenas de seguidores com nomes estranhos e imagens de tigres aumentaram nos últimos dias


19/06/2024 17h10

Usuários de redes sociais estão sendo bombardeados com pedidos de amizades de perfis do "jogo do tigrinho”. Por trás da aparência de um jogo de azar, essa é uma maneira de criminosos aplicarem golpes e roubarem dados.

Os perfis possuem nomes estranhos e imagens de tigres. O objetivo é atrair jogadores para versões derivadas de um aplicativo criado por uma empresa de tecnologia de Malta, o “Fortune Tiger”. No Brasil, ele foi proibido no ano passado por ser um jogo de azar.

“Estamos em um processo de regulamentação e estruturação da indústria de jogos eletrônicos e online, em que o jogo do Tigrinho é um dos objetos dessa regulamentação. No entanto, na situação atual, quem oferece esse jogo do e não esteja de acordo com o que o Ministério da Fazenda e a Lei propõe em relação a essa atividade, estão promovendo uma atividade ilícita”, explica o advogado Felipe Senna.

As versões do aplicativo europeu pedem informações pessoais, como e-mail, CPF e dados bancários, que podem ser usados para outros fins.

“Se você compartilhou seu e-mail, CPF e dados de bancários para fazer aposta, futuramente, o criminoso consegue ter alguma informação para tentar um golpe seguinte. Ele pode direcionar um ataque via WhatsApp, SMS e e-mail. A partir do momento que você pega uma pessoa mais desligada, ela clica em algum link que chega por um desses desses meios”, detalha Fernando de Falchi, especialista em cibersegurança.

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Além dos riscos de roubo de dados, os jogos online podem levar a uma grande perda de dinheiro. Isso porque eles funcionam em uma dinâmica que alimenta a esperança do jogador em vencer na próxima rodada. Muitos influenciadores reforçam a ideia.

Nesta semana, a Polícia Civil de Alagoas realizou uma operação com objetivo de combater a prática ilícita do jogo do tigrinho. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em casas de influenciadores acusados do crime de estelionato por incentivar seguidores a baixar o jogo.

Em nota, a Meta, empresa responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp, informou que trabalha para limitar a disseminação de spam. Além disso, ressaltou que conteúdos que possam enganar os usuários são proibidos em suas plataformas. A recomendação é que as pessoas denunciem os perfis.

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