Um estudo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, mostrou que as crianças yanomami enfrentam o pior quadro de desnutrição de todos os povos indígenas da américa. O artigo científico foi publicado na revista Nature Medicine, uma das mais importantes do mundo.
Entre 2019 e 2022, pelo menos 570 crianças da etnia morreram por causa da fome. No ano passado, pelo menos a metade das 363 mortes nas aldeias foram de crianças.
Os pesquisadores afirmam que há uma relação direta entre o desmatamento no território e a desnutrição infantil.
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Em 2023, o governo federal decretou situação de emergência em saúde na terra yanomami. Mesmo com garimpeiros sendo retirados da região, o Ministério dos Povos Indígenas estima que mais de sete mil continuam em atividade de forma ilegal.
Os pesquisadores da Unicamp chamam atenção para a necessidade de medidas urgentes para mitigar os efeitos da desnutrição entre os indígenas, como o fortalecimento da proteção territorial, restrições à exploração de recursos naturais e o desenvolvimento de estratégias nutricionais adaptadas à cultura local.
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