Pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) mostrou que os brasileiros, quando possuem sobra de dinheiro, preferem apostas online do que investimento.

Levando em consideração toda população do país, 14% realizam alguma aposta na internet. O número supera de quem aplica o dinheiro em títulos privados (5%), fundos de investimento (4%), títulos públicos (2%), planos de previdência (2%) e bolsa de valores (2%). Em todos esses, a chance de retorno financeiro é maior.

“Nas mínimas possibilidades, as pessoas costumam ganhar algum dinheiro mais rapidamente do que num investimento. Fora o fato de algumas casas de aposta dá crédito para começar a jogar. Tudo isso passa a estimular psicologicamente o individuo a buscar sempre mais”, explica Paulo Ramirez, professor de sociologia da ESPM.

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Outro agravante é como as pessoas enxergam as apostas. Apenas 26% das pessoas que apostam fazem para se divertir. Do total, 39% jogam com a possibilidade de ter um retorno alto ou ganhar um dinheiro rápido em momentos de necessidade.

As apostas virtuais são abordadas no Congresso. Um projeto de lei que tramita na Câmara pede a legalização dos jogos de azar, como cassinos e bingo. Caso seja aprovado, o número de apostadores deve subir.

“Não significa que as pessoas não devem apostar, não é essa afirmação que a gente está fazendo. Mas, elas devem usar isso como o que é, como um gasto em entretenimento e não como uma alternativa para se preparar financeiramente para o futuro”, afirma Marcelo Billi, superintendente de educação da Anbima.

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