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“Quem quer o Banco Central autônomo é o mercado", dispara Lula

"Meirelles (presidente do BC na época) ficou oito anos no meu governo e teve total independência para fazer ajustes", completou o presidente


01/07/2024 14h11

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o Banco Central (BC) nesta segunda-feira (1º). Segundo o presidente, a autonomia da instituição - aprovada pelo Congresso Nacional em 2021 - só interessa ao mercado financeiro.

“Quem quer o Banco Central autônomo é o mercado, que faz parte do Copom (Comitê de Política Monetária), que determina meta da inflação, que determina política de juros", disse o petista. Na ocasião, ele concedia uma entrevista a uma rádio em Feira de Santana, na Bahia.

Lula também falou que, durante seus dois primeiros mandatos frente à Presidência da República, presidente do BC tinha liberdade para tomar decisões: "tive um Banco Central independente. O (Henrique) Meirelles ficou oito anos no meu governo e teve total independência para fazer ajustes".

“Agora, o que não pode é ter um Banco Central que não está combinando adequadamente com aquilo que é o desejo da nação. Nós não precisamos ter política de juros alto nesse momento. A taxa Selic está exagerada. A inflação está controlada”, completou o chefe do Executivo.

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Dados divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é tido como uma prévia da inflação oficial do Brasil, avançou 0,39% em junho de 2024.

O acúmulo do índice nos últimos 12 meses é de 4,06%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, houve sete altas no mês.

Para definir o patamar dos juros, o Copom do BC se baseia no sistema de metas para a inflação do país. Logo, a Selic é elevada sempre que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tido como a inflação oficial do Brasil, também cresce.

Em 2024, a meta para a inflação é de 3%. Com uma possível oscilação de 1,5 ponto percentual, o objetivo será cumprido oficialmente caso o IPCA termine o ano entre 1,5% e 4,5%.

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