Brasil desiste da importação de arroz, estratégia adotada após enchentes no RS
"Tivemos problemas, é fato, nós cancelamos esses leilões", disse o ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro
03/07/2024 13h03
Carlos Fávaro afirmou na manhã desta quarta-feira (3) que não serão realizados novos leilões que visem a importação de arroz. "Tivemos problemas, é fato, nós cancelamos esses leilões", disse o ministro da Agricultura e Pecuária em entrevista ao "Em Ponto", da Globonews.
Mesmo com o fracasso das negociações, o senador enxerga utilidade na estratégia do Governo Federal: "com a sinalização de disponibilidade do governo de comprar arroz importado e abastecer o mercado brasileiro, além da volta da normalidade em estradas, os preços do arroz já cederam e voltamos aos preços normais".
Diante das tempestades e, consequentemente, enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul entre o final de abril e o início de maio, o estado que mais produz arroz em todo o Brasil, o Executivo nacional buscou comprar o cereal de outro país. Desta forma, não haveria uma elevação no preço do produto em decorrência de um eventual desabastecimento interno.
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O comitê executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) chegou a aprovar a isenção de imposto de importação para três tipos de arroz. O governo, por sua vez, já havia publicado uma medida de caráter excepcional que autorizava a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz para recomposição de estoques públicos.
Entretanto, o plano não saiu conforme as expectativas. O primeiro leilão, marcado para o dia 21 de maio, foi suspenso devido a uma alta repentina no preço do item. "Se for querer especular, nós buscamos de outro lugar", alegou Fávaro na época.
O segundo, realizado em 6 de junho, foi anulado após indícios de incapacidades técnica e financeira por parte de diversas empresas vencedoras, bem como um possível conflito de interesses.
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