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Foto: Saulo Cruz/Agência Senado
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a criticar o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A manifestação ocorreu nesta sexta-feira (12) durante a 19ª edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji),

“O que nós presenciamos foi realmente o uso clandestino e marginal de informações da Abin para poder perseguir pessoas”. “A se confirmar isso que aconteceu na Abin, a partir da prova do processo, é algo realmente muito grave e, de fato, se, no passado, já se falou nesse nível de acontecimento como pessoas alopradas, eu reputo que são mais traidores da pátria do que aloprados”, disse.

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O senador ainda afirmou que espera uma elucidação do caso por parte das autoridades.

“Eu espero muito que o Poder Judiciário e os órgãos de persecução criminal possam esclarecer, garantindo o contraditório, a autodefesa e o devido processo legal a esses investigados, mas que possa dar efetividade à punição dessas pessoas, porque de fato foi uma deslealdade com a sociedade brasileira o que nós vimos acontecer na Abin”, apontou.

Entenda caso 

A Polícia Federal (PF) deflagrou na quinta-feira (11) uma operação sobre o suposto esquema de monitoramento ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência.

Segundo as investigações, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e jornalistas foram monitorados pela “Abin paralela”.

De acordo com a PF, as provas obtidas a partir das diligências em outubro indicaram que "o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir nas investigações da Polícia Federal.

Além disso, as apurações apontam que a Abin foi utilizada durante o governo Bolsonaro para favorecer filhos do ex-presidente, fazer ações de vigilância contra ministros do Supremo e políticos opositores.

Segundo as investigações, foram espionados no esquema ilegal integrantes dos três Poderes e jornalistas.

Nesta sexta, o Supremo Tribunal Federal manteve as prisões preventivas dos cinco presos pelo envolvimento no caso. 

Com a decisão, vão continuar presos: Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o empresário Richards Dyer Pozzer, o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

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