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TSE desiste de acompanhar eleições na Venezuela após falas de Maduro sobre Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral reafirmou a integridade do sistema eletrônico de votação do Brasil, classificando as declarações de Maduro como mentirosas e infundadas


25/07/2024 11h53

Em meio a um atrito diplomático, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou nesta quarta-feira (24) que desistiu de enviar observadores para as próximas eleições na Venezuela. A decisão ocorreu em resposta às acusações infundadas do líder venezuelano, Nicolás Maduro, que questionou sem provas a transparência do sistema eleitoral brasileiro.

"Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo", informou o TSE.

O TSE repudiou as críticas de Maduro, destacando que "não admite" as acusações contra o processo eleitoral do Brasil. Esse incidente reflete a deterioração das relações entre as autoridades brasileiras e a ditadura venezuelana nos últimos meses.

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O TSE disse ainda que "a Justiça Eleitoral brasileira não admite que, interna ou externamente, por meio de declarações ou atos desrespeitosos, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil".

Maduro, sem apresentar nenhuma prova, fez essas acusações durante um comício realizado entre a noite de terça-feira e a madrugada de quarta-feira em Maracay, no Estado de Aragua. A retórica do líder venezuelano intensificou-se em meio a tensões crescentes com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela havia convidado o TSE para enviar dois técnicos a fim de acompanhar as eleições venezuelanas, marcadas para o próximo domingo (28). Em comunicado na noite desta quarta (24), a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, disse que é falso que as urnas eletrônicas brasileiras não sejam auditadas.

"São auditáveis e auditadas permanentemente, são seguras, como se mostra historicamente. Nunca se conseguiu demonstrar qualquer equívoco ou instabilidade em seu funcionamento. Na democracia brasileira, o voto do eleitor é livre e garantido democraticamente por um processo transparente, de lisura e excelência comprovada, o que assegura a confiança do brasileiro no sistema adotado", informou.

Com a nova decisão de não enviar observadores, o TSE reafirmou a integridade do sistema eletrônico de votação do Brasil, classificando as declarações de Maduro como mentirosas e infundadas.

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