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Afeganistão proíbe 1,4 milhões de meninas de frequentar escolas

Número representa aumento de 300 mil meninas privadas do acesso ao ensino


15/08/2024 19h22

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) informou que ao menos 2,5 milhões de adolescentes afegãs estão impedidas de frequentar à escola. Este número representa cerca de 80% de meninas em idade escolar do país.

Desde que o Talibã retomou o controle da região, em 2021, pelo menos 1,4 milhão de adolescentes afegãs foram banidas do ensino médio. O Afeganistão se tornou o único país do mundo onde o acesso ao ensino secundário e superior é estritamente proibido para meninas e mulheres.

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“Em apenas três anos, as autoridades quase eliminaram duas décadas de progresso na educação no Afeganistão”, apontou a o órgão. “A Unesco está alarmada com as consequências prejudiciais desta taxa de abandono escolar cada vez mais alta, que poderá levar a um aumento do trabalho infantil e do casamento precoce”.

A representante da ONU Mulheres no Afeganistão, Alison Davidian, enviou um relatório para a organização e alguns jornalistas. Ela descreveu a situação de mulheres e meninas no país ao longo desses anos.

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“Três anos de inúmeros decretos, diretivas e declarações visando mulheres e meninas, retirando-as de seus direitos fundamentais e eviscerando sua autonomia. Nenhuma mulher no Afeganistão está em posição de liderança em qualquer lugar que tenha influência política, seja em nível nacional ou provincial", afirmou. 

O governo talibã não é reconhecido por nenhum outro país . O regime impôs restrições às mulheres que a ONU descreve como "apartheid de gênero".

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